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HISTÓRIA DO MUNICÍPIO

No inicio do século XX o coronel Luiz Ferreira de Mello, doou 75 alqueires à Nossa Senhora Aparecida e ao Divino Espírito Santo, para formação de um povoado que recebeu o nome de Patrimônio do Café. Em 1916 iniciava-se efetivamente um povoado, formado por ranchos onde residiam os pioneiros atraídos pela promessa de exploração carbonífera em uma jazida de carvão de pedra. Eduvirge Carneiro, proprietário das terras onde estava situada a jazida ao saber da existência do mineral contratou Pedro Pinheiro, residente em Castro, Estado do Paraná, e especialista em exploração de minerais, que, ainda em 1916, deslocou-se para o povoado trazendo consigo algumas famílias.

Pedro Pinheiro definiu como objetivo limpar o local da jazida e simultaneamente construir a estrada pela qual o carvão produzido seria levado até o mercado consumidor.  Contudo, a tarefa não era fácil, uma vez que o transporte de carvão era realizado por carros-de-boi desde Barra Bonita até a estação de Calógeras, cumprindo um percurso de 70 quilômetros de extensão através de péssimos corredores, que ladeavam muitos rios.  Logo nas primeiras viagens, o tipo de transporte adotado mostrou-se muito dispendioso, de modo que o proprietário, tendo em vista as dificuldades da empreitada, foi obrigado a vender suas terras. As terras da jazida foram vendidas à Souza Cruz, português residente no Rio de Janeiro, que deu grande impulso à mineração local procurando convencer as autoridades federais da necessidade de um ramal ferroviário até o Vale do Rio do Peixe, onde estavam situadas as maiores jazidas carboníferas. Constatada a existência de carvão, o governo autorizou a construção do sub-ramal, que partia da Estação Wenceslau Braz e seguia até o rio do Peixe, passando por Barra Bonita. O sub-ramal começou a ser construído em 1920 sendo finalizado somente em 1925, ano em que chegaram os primeiros lastros de carga em Barra Bonita. Durante o período de construção do sub-ramal ferroviário, o povoado Patrimônio do Café foi elevado à categoria de Distríto Judiciário, pela Lei nº 2008 no dia 1º de março de 1921, sendo instalado somente em 15 de julho de 1923.

Barra Bonita tratava-se de um povoado que fora criado não muito distante dali, paralelamente à ascenção do Patrimônio do Café, tendo sido seus fundadores Teófilo Marques da Silveira, Fritz Hebertreit, Alexandre Marques Leal e Ananias Costa.  Este povoado foi estrategicamente instalado às margens da ferrovia.  Em setembro de 1926 foi inaugurada a estação ferroviária Arthur Bernardes.

Antes de 1925, o povoamente da região aumento muito com a chegada dos portugueses, que vieram trabalhar na serragem de madeira para as obras da estrada de ferro.  Dentre esses portugueses destacou-se o afilhado de Souza Cruz, Antonio Ferreira, um dos pioneiros da cidade, que seguiu para Barra Bonita no final de dezembro de 1921 para resolver assuntos relacionados às minas, e retornou ao povoado em janeiro de 1922, após voltar do Rio de Janeiro, trazendo consigo Fritz Hervertreit, mecânico de máquinas de mineração e um dos fundadores da cidade, que fixou residência na localidade.

Outros pioneiros marcaram a história de Barra Bonita, criando condições para o desenvolvimento do povoado, foram: João Oligurski, minerador, que posteriormente fixou-se na localidade com uma oficina de ferreiro; João Bartolomeu, padeiro que se estabeleceu com uma padaria; Marcolino Cipriano, que montou uma selaria e uma barbearia; Pedro e Armando Salomão, comerciantes que instalaram as primeiras casas comerciais no povoado; José Heidggerm tropeiro que deixou inúmeros decendentes; Heitor Novaes, empreiteiro do eixo da estrada; Doutor Teixeira de Assis, que montou a primeira farmácia no povoado, posteriormente passada a seu filho Rosalvo de Assis; Família Pinheiro e Nicanor de Tal, fazendeiros das imediações; e Janaina Genovino Costa, natural de Verona, na Itália, que foi a primeira professora de Barra Bonita, nomeada em 1927 por Otávio Alencar de Lima, então prefeito de Tomazina, município do qual Barra Bonita tornara-se distrito, e Agente de Correio de Barra Bonita, nomeada também em 1927 pelo então Presidente da República Washington Luiz.

O Decreto Estadual nº 2.465, de 02 de abril de 1927, determinou que a sede distrital do Patrimônio do Café fosse transferida para Barra Bonita.  Começava aí a ascenção política e administrativa de Ibaiti e a decad~encia do Patrimônio do Café.   Quatro anos antes da elevação para a categoria de município, Barra Bonita transformou-se em Ibaiti, já que no interior do Estado de São Paulo já havia uma cidade com aquele nome.  Em 11 de outubro de 1947, a Lei Estadual nº 02 criou o município de Ibaiti, nome de origem indígena que significa "Agua de Pedra".  A solenidade foi realizada em 09 de novembro do mesmo ano, sendo nomeado Prefeito Municipal interino o Senhor Atayde Loyola.  É nesta data em que se comemora o aniversário da cidade.
O Primeiro prefeito municipal eleito de Ibaiti foi o Senhor Júlio Farah (gestão 1947-1951), a seguir foram eleitos: Antonio Rocha da Silveira (gestão 1951-1955); Sebastião Goulart de Oliveira (gestão 1955-1959); Antônio Rocha da Silveira (2ª gestão 1959-1963); Doutor José da Silva Reis (gestão 1963-1969); Antonio Rocha da Silveira (3ª gestão 1969-1973); Doutor José da Silva Reis (2ª gestão 1973-1977); Levy Rosa dos Santos (gestão 1977-1982); Dirceu da Silva Bueno (gestão 1983-1988); Marlei Ferreira Siqueira (gestão 1989-1992); Francisco Pereira Goulart (gestão 1993-1996); Roque Jorge Fadel (gestão 1997-2000); e Roque Jorge Fadel (2ª gestão 2001-2004).

Em 2 de Abril de 1926 a sede distrital do Patrimônio do Café, foi transferida para Barra Bonita. Em 1943, cogito-se a mudança de Barra Bonita para Ibaiti, em 11 de Outubro de 1947 era criado o município com o nome de Ibaiti, que significa 'Água da Pedra', a solenidade foi no dia 09 de Novembro do mesmo ano, hoje aniversário da cidade.

Vale destaca ainda a cultura do café, que propiciou a descoberta de uma rica atividade para a Região Norte do Paraná.  Em Ibaiti, os cafezais ajudaram a dormar a paisagem da região e aceleraram o processo de desenvolvimento do município. Em 1968, Ibaiti chegou a uma população de quase 35 mil habitantes, mas o desgaste da cultura do café com a geada de 1975, desanimou os agricultores.  Falta de incentivo do governo, preços baixos e dívidas bancárias fizeram com que milhares de famílias mudassem para cidades de grande porte.  Atualmente Ibaiti vive um novo e próspero desenvolvimento sócio-econômico baseado principalmente na diversificação da produção agrícola e na industrialização.

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Prefeitura Municipal de Ibaiti - PR.
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